(ANSA) - O candidato ultraliberal à presidência da Argentina, Javier Milei, voltou a acusar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de interferência política nas eleições de seu país ao promover medo na sociedade civil.
A declaração foi dada após Milei desmentir os rumores de que, em caso de vitória nas eleições de 19 de novembro, o preço dos bilhetes de transporte público aumentará.
Segundo o candidato argentino, esta tese "faz parte da campanha negativa" também disseminada pelo líder brasileiro para favorecer seu rival, o progressista Sergio Massa.
Ontem, o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula, publicou uma nota declarando seu apoio a Massa no segundo turno da eleição à presidência na Argentina, no próximo dia 19 de novembro.
"Na verdade, a comitiva de [Jair] Bolsonaro e alguns jornalistas brasileiros denunciaram que Lula está interferindo nesta campanha, financiando parte dela", declarou Milei, em entrevista ao canal de TV La Nación.
De acordo com o ultraliberal, "há um grupo de consultores brasileiros que são os melhores especialistas em campanhas negativas e o que eles fazem é incitar medo na sociedade".
Faltando pouco mais de duas semanas para o novo pleito na Argentina, as pesquisas indicam que Milei, do partido A Liberdade Avança, lidera as intenções de voto, com 52%, contra 48% do atual ministro da Economia, o peronista Sergio Massa.
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