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Países lembram 20 anos do pior tsunami da história

Países lembram 20 anos do pior tsunami da história

Tragédia no Oceano Índico deixou mais de 220 mil mortos em 2004

BANDA ACEH, 26 de dezembro de 2024, 09:37

Redação ANSA

ANSACheck
Homenagem a vítimas de tsunami em trem no Sri Lanka - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Homenagem a vítimas de tsunami em trem no Sri Lanka - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Diversos países da Ásia realizaram nesta quinta-feira (26) cerimônias para lembrar os 20 anos do tsunami que devastou zonas inteiras no Oceano Índico em 26 de dezembro de 2004, um dos piores desastres naturais da história da humanidade.
    Provocado por um terremoto de magnitude 9.1 na escala Richter, o fenômeno atingiu áreas litorâneas de 14 países, do Sudeste Asiático à África, e deixou mais de 220 mil mortos, sendo mais de 120 mil na ilha de Sumatra, na Indonésia.
    As ondas atravessaram o Oceano Índico a quase 800 quilômetros por hora e atingiram até 30 metros de altura. Na província indonésia de Aceh, onde morreram mais de 100 mil pessoas, a Grande Mesquita de Baiturrahman tocou uma sirene por três minutos para lembrar as vítimas.

Oração por 20 anos de tsunami na província de Banda Aceh, na Indonésia

 
    Na Tailândia, onde metade dos mais de 5 mil mortos eram turistas estrangeiros, os eventos de recordação começaram ainda cedo em Ban Nam Khem, o vilarejo mais atingido no país. "Vi montanhas de cadáveres, como se fosse o efeito de uma bomba atômica; cenas que evocavam o Holocausto", lembra o médico legista Carlo Maria Oddo, enviado pela Itália para identificar vítimas da nação europeia em Phuket, concorrido destino de verão na Tailândia.
    Já no Sri Lanka, onde mais de 35 mil indivíduos perderam a vida, parentes das vítimas e sobreviventes subiram a bordo do trem "Rainha do Mar" com destino a Peraliya, onde o tsunami atingiu em cheio vagões lotados de passageiros na mesma linha, matando mais de mil pessoas. Este é o pior desastre ferroviário da história.
    As ondas chegaram até a costa da Somália, na África, deixando um saldo de 300 mortos no país. "Não existia na época um sistema de alerta rápido no Oceano Índico", explicou à ANSA o sismólogo Alessandro Amato, diretor do Centro de Tsunamis do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV).
   

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