(ANSA) - Um relatório da Polícia Postal e de Comunicações da Itália apontou um aumento de 138% nos ataques hackers em 2022 na comparação com 2021 - e as tensões políticas por conta da guerra na Ucrânia, iniciadas em fevereiro, foram apontadas como principal motivo da alta.
Segundo o Centro Nacional Anticrimes Informáticos para a Proteção das Infraestruturas Críticas (Cnaipic), foram 12.947 ataques contra 5.431 no ano anterior, com a prisão de 332 pessoas (+78%).
Os números incluem todos os tipos de ações: pishing, malwares (incluindo os ramsonwares), ataques DDOS, campanhas online de desinformação e vazamentos de dados.
"As tensões geopolíticas conectadas à guerra na Ucrânia continuam a ter significativas reverberações também em questão de segurança cibernética. Resultam, de fato, em andamento campanhas massivas em nível internacional contra infraestruturas críticas, sistemas financeiros e empresas operacionais em setores estratégicos, incluindo comunicação e defesa", ressalta o documento.
O Cnaipic ressaltou que as ações hackers sempre ocorreram em prol da Rússia contra a Ucrânia e que também foram constatados "atos hostis" com o objetivo de causar problemas dentro de sistemas estratégicos de engenharia ou a exploração das vulnerabilidades para espionagem.
O documento oficial aponta que houve 113.226 alertas de possíveis ataques, uma leve alta de 2% em relação a 2021.
Além disso, a Polícia Postal informou que criou atividades de monitoramento e de informação também na chamada "dark web", ativando canais de comunicação direta com outros órgãos internacionais, como Europol, Interpol e FBI.
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