O ex-chefe da província de Pescara Francesco Provolo teve confirmado nesta terça-feira (3) a sentença de um ano e oito meses de prisão no processo sobre a avalanche que destruiu o Hotel Rigopiano em 18 de janeiro de 2017, deixando 29 mortos.
De acordo com a decisão dos magistrados da Corte de Cassação, Provolo recebeu sua sentença definitiva, mas ela foi suspensa. Ele foi considerado culpado de falsificação e omissão de atos oficiais.
Além de Provolo, que havia sigo absolvido em primeiro grau e condenado em segundo, o tribunal também confirmou a pena de seis meses de detenção do ex-gerente do hotel Bruno Di Tommaso.
Embora as sentenças tenham sido confirmadas, o caso está longe de chegar ao fim. Os juízes de Perugia também precisarão definir o futuro de seis funcionários da Defesa Civil de Abruzzo, que foram absolvidos nas duas primeiras instâncias do julgamento. Os procuradores pedem que os magistrados avaliem as acusações de desastre culposo e lesões múltiplas por negligência.
A mesma decisão vale para o ex-prefeito de Farindola Ilario Lacchetta, cinco gestores provinciais e um técnico do município italiano.
Antonella Pastorelli, mãe de Alessandro Riccetti, recepcionista do hotel que morreu na tragédia, definiu o momento como "uma decisão que restaura alguma confiança" nas famílias que perderam seus entes queridos na avalanche.
"A esperança é que esta tragédia tenha ensinado algo para todos, inclusive para as instituições. Eles poderiam ter sido salvos naquele maldito dia e houvesse consciência da situação e clareza sobre as ações a serem implementadas", afirmou à ANSA.
Em 18 de janeiro de 2017, às 16h49 (horário local), uma avalanche assolou e destruiu o luxuoso resort na Cordilheira dos Apeninos, provavelmente causada por três fortes terremotos que haviam atingido a região de Abruzzo na mesma manhã.
A tragédia provocou 29 mortos, e nove pessoas foram resgatadas com vida dos escombros - outros dois homens escaparam porque estavam fora do Rigopiano no momento do deslizamento.
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