(ANSA) - A Frontex, agência da União Europeia para controle de fronteiras, anunciou nesta quarta-feira (20) que ampliará seu apoio à Itália diante da emergência declarada por sucessivos recordes de desembarques de migrantes.
O anúncio destacou que a agência já "dobrou o número de horas de voo de seus aviões que monitoram o Mediterrâneo central", a rota pela qual migrantes se deslocam do norte da África e entram na Europa pela ilha de Lampedusa, na Itália.
"Estamos prontos a oferecer apoio para as atividades de repatriação e a enviar mais funcionários para ajudar com o registro e a identificação", prossegue o texto, em referência aos processos burocráticos necessários no momento do desembarque. Atualmente há quase 40 membros da Frontex em Lampedusa.
"Estamos colaborando com as autoridades italianas, não é um desafio só italiano, mas um desafio para a Europa", declarou o diretor da agência, Hans Leijtens.
A nota destaca ainda que a coordenação avalia a possibilidade de aumentar o número de horas de patrulhamento de embarcações destacadas na área, e apoiar novos esforços de combate a grupos criminosos envolvidos no tráfico de pessoas.
"Além de mandar mais especialistas em matéria de repatriação e oferecer formação, Frontex pode organizar missões de identificação em países terceiros em base às exigências das autoridades italianas para facilitar procedimentos de repatriação", destaca o texto.
"Estamos colaborando ativamente com as autoridades italianas e estamos prontos a reforçar o apoio. Juntos, abraçamos a responsabilidade compartilhada de salvaguardar as fronteiras externas de União Europeia", concluiu Leijtens.
Nesta semana, uma nova onda de desembarques massivos atinge a ilha, creditada à melhora das condições marítimas que teriam favorecido a partida de embarcações.
Entre as chegadas e as transferências para outros pontos de acolhida, às 13h (horário local) desta quarta-feira a ilha tinha 1,3 mil migrantes no centro de acolhimento "hotspot" de contrada Imbriacola, que tem capacidade para 350.
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