(ANSA) - Com a ilha italiana de Lampedusa em estado de emergência pelos sucessivos recordes de desembarque de migrantes, a presidente do poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, informou nesta quinta-feira (14) que está em contato direto com a premiê da Itália, Giorgia Meloni.
"A situação atual da migração nos mostra novamente os desafios que temos e os esforços que devemos levar a campo", disse a porta-voz da Comissão Europeia, Anitta Hipper.
Já a comissária da União Europeia para Assuntos Internos, Ylva Johansson, contatou o ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, para avaliar a situação e delinear as possíveis ajudas por parte da UE.
"Apoiamos a Itália a nível operacional e financeiro. E estamos prontos a ajudar", concluiu a porta-voz.
Entre segunda (11) e quarta-feira (13) foram 10 mil migrantes, e o total do ano já chegou a 125.928, quase o dobro dos 66.162 registrados do mesmo período do ano passado.
O saldo já supera de longe o total de 2022, que foi de 105.131.
Se a tendência continuar, 2023 poderá ser o ano recorde, superando os 181 mil de 2016.
A Frontex, agência da União Europeia para controle de fronteiras, informou que as entradas irregulares nas fronteiras externas do bloco aumentaram 18% nos primeiros oito meses de 2023, com a maior parte de migrantes do Mediterrâneo Central, que chegam por Lampedusa.
Cerca de um terço dos desembarques via mar na Itália provêm de três países africanos: Guiné, Costa do Marfim e Tunísia.
A lista segue com Egito, Bangladesh, Burkina Fasso e Paquistão.
Os menores desacompanhados foram 11.630.
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