(ANSA) - Com o desejo de "investir no futuro da Arábia Saudita", o técnico Roberto Mancini, que trocou de forma repentina a seleção da Itália pelo país da península arábica, foi apresentado nesta segunda-feira (28) em Riad.
O italiano, campeão europeu em 2021 pela Azzurra, agradeceu ao país pela oportunidade, principalmente por ter confiado a ele um "projeto estratégico que envolve jovens".
"Queremos investir no futuro da Arábia Saudita. Há muito trabalho a fazer, não será fácil, mas penso que vamos conseguir realizar isso. Estou feliz pela federação saudita ter tido tanto apreço pelo que fiz com a Itália", disse Mancini.
O comandante assinou um contrato válido até 2027, quando a Arábia Saudita sediará a Copa da Ásia, e receberá um salário que gira em torno de 25 milhões de euros por ano. Com isso, Mancini se tornou o treinador mais bem pago do mundo, superando Pep Guardiola e Steven Gerrard.
"Estamos prontos para trabalhar muito. Eu já vi vários jogos da seleção e identifiquei muito jogadores interessantes, já comecei a estudá-los. É claro que precisaremos de tempo, mas temos certeza que se trabalharmos da maneira certa poderemos ensinar a equipe a atacar bem e a marcar muitos gols", analisou o italiano, acrescentando que as negociações com os sauditas começaram em meados de agosto.
Durante a coletiva, Mancini voltou a reclamar da baixa quantidade de jogadores italianos que atuavam na Série A, o que complicava no momento de convocar a seleção.
"Na Itália tínhamos muito poucos jogadores, era difícil escolher e por vezes procurávamos atletas que nunca jogaram na Série A. Quanto a Arábia Saudita, tenho certeza de que encontraremos os jogadores certos", concluiu.
A repentina ida de Mancini para a seleção da Arábia Saudita, que aconteceu menos de um mês depois de renunciar ao cargo da tetracampeã mundial, foi alvo de inúmeras críticas.
A escolha de Mancini foi mais uma ação do país, que não poupa esforços para se tornar uma potência mundial no futebol.
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