(ANSA) - O técnico Roberto Mancini culpou o presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina, por sua repentina saída do comando da Azzurra.
Mancini anunciou sua renúncia no último domingo (13), pegando torcedores e jornalistas de surpresa, uma vez que ele havia acabado ganhar mais poderes na estrutura da Figc, com a coordenação das seleções sub-20 e 21.
"Tentei várias vezes falar com Gravina e expor minhas razões. Expliquei que ele precisava me dar tranquilidade. Ele não fez, e eu me demiti", afirmou o técnico em uma entrevista a jornais italianos.
Mancini também acusou o cartola de afastar alguns de seus colaboradores mais próximos. "Onde já se viu um presidente de federação que troca a equipe do técnico? Fazia tempo que ele [Gravina] pensava o oposto de mim", disse.
O treinador, no entanto, negou que a renúncia tenha ligação com a recente nomeação do ex-goleiro Gianluigi Buffon como novo chefe de delegação da seleção italiana, substituindo o falecido Gianluca Vialli, amigo de longa data de Mancini.
"Eu sabia que o presidente Gravina escolheria Gianluigi, e era a solução certa após o adeus de Vialli. Nada contra ele", garantiu o técnico, que disse também que ainda não tem propostas. "Minha renúncia não está ligada a um acordo", assegurou.
Mancini treinava a Itália desde 2018 e se sagrou campeão da Eurocopa em 2021, porém também ficou marcado pelo fracasso na repescagem europeia para a Copa do Mundo de 2022, quando a Azzurra foi eliminada pela Macedônia do Norte.
O favorito para substituir Mancini é Luciano Spalletti, campeão nacional com o Napoli na última temporada e atualmente sem clube. (ANSA)
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