(ANSA) - Agora é oficial: o italiano Roberto Mancini, campeão europeu com a Azzurra em 2021, vai treinar a Arábia Saudita, país que não tem poupado recursos para se tornar uma potência mundial no futebol.
"Após ter feito história na Europa, é hora de fazer história na Arábia Saudita", disse Mancini em um vídeo divulgado nas redes sociais pela Federação de Futebol do país árabe.
"Esse cargo é um reconhecimento do valor atribuído ao futebol italiano, e eu levarei com orgulho a nossa cultura italiana ao mundo", reforçou o técnico em seu perfil no Instagram.
Mancini se demitiu do comando da seleção da Itália há menos de 20 dias, alegando motivos "pessoais", e depois justificou a saída com supostas divergências com o presidente da Federação Italiana de Futebol (Figc), Gabriele Gravina.
A decisão pegou torcedores e jornalistas de surpresa, uma vez que o treinador havia acabado de ganhar mais poderes na estrutura da Figc, com a coordenação das seleções sub-20 e 21.
"Aceitei abraçar esse projeto entusiasmante, fundado em uma visão compartilhada e no propósito de fazer crescer o futebol nacional, bem como os jovens talentos e as futuras gerações", ressaltou Mancini, que receberá um salário de 25 milhões de euros (R$ 130 milhões) por ano.
O treinador, no entanto, se tornou alvo de críticas na Itália e pode até perder o título de embaixador turístico da região de Marcas. "Muitas desculpas, quando, no fundo, era só uma questão de milhões. Sem hipocrisia, sabemos como o futebol funciona, mas a seleção não deveria ser tratada como um clube", disse o prefeito de Pesaro, Matteo Ricci.
"Proponho à região de Marcas rescindir o contrato de Mancini como nosso embaixador turístico e substitui-lo por Gianmarco Tamberi [recém-campeão mundial no salto em altura]", acrescentou. (ANSA)
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