(ANSA) - O Tribunal de Recursos da Federação Italiana de Futebol (Figc) explicou nesta segunda-feira (30) os motivos que levaram a Juventus a perder 15 pontos na classificação da Série A.
De acordo com o relatório divulgado, as infrações cometidas pela Velha Senhora, que levaram o tradicional clube a sofrer a dura punição no campeonato, foram "graves" e "prolongadas".
"O tribunal levou em conta a particular gravidade e o caráter reiterado e prolongado da violação e a mesma intensidade e difusão da consciência da situação nas conversas entre os dirigentes da Juventus", informou o tribunal da Figc.
O texto ainda explica que a Juventus cometeu o delito "dada a documentação dos dirigentes da equipe com valor confessional e dos respectivos manuscritos, as interceptações inequívocas e as demais provas relativas às intervenções de ocultação de documentação ou mesmo manipulação de notas fiscais".
As autoridades italianas mencionaram a "quantidade impressionante de documentos que destacavam a intencionalidade das operações de transferências e dos respectivos valores".
O relatório, que tem 36 páginas, mostra a razão pela qual a Juve foi a única equipe a receber alguma punição. O tribunal explica que "não existe uma demonstração específica" sobre os outros times investigados.
Os bianconeri são acusados de mascarar quantias gastas com contratações e salários para reduzir prejuízos contábeis, escândalo que forçou a renúncia de toda a sua diretoria, incluindo o presidente Andrea Agnelli, que é investigado pela Justiça comum.
A Corte Federal da Figc determinou a perda de 15 pontos na Série A, o que fez a Juventus despencar de terceiro para 10º lugar - o time ocupa agora a 13ª colocação.
Recurso
A Juventus confirmou nesta segunda-feira (30) que vai apresentar um recurso ao Colégio de Garantia do Esporte, principal instância da Justiça Desportiva da Itália, sobre a redução de pontos na Série A.
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