(ANSA) - O papa Francisco defendeu nesta segunda-feira (6) o bispo de Piazza Armerina, Rosario Gisana, acusado de acobertar casos de abuso sexual, e classificou-o como "perseguido".
A posição do Papa foi tomada na véspera do encerramento do julgamento contra o padre Giuseppe Rugolo, da mesma diocese, preso em abril de 2021 sob a acusação de abuso sexual agravado contra menores.
"Considero grave e inadequado que, na véspera das alegações da promotora e das discussões das partes civis, haja a intervenção do papa Francisco, que fala sobre questões processuais sobre as quais certamente sabe pouco ou nada", disse a advogada Eleanna Parasiliti Molica, representante de Antonio Messina.
O cliente dela, hoje com 30 anos, denunciou os abusos que teria sofrido quando ainda era menor.
"Este bispo foi gravado enquanto falava com Rugolo e dizia ter abafado tudo", disse Messina. Ele também se dirigiu ao Papa: "Gostaria de falar com você e contar, com provas em mãos, o que está acontecendo na diocese de Piazza Armerina".
Ele alega ter procurado o bispo para fazer a denúncia, e afirma que o religioso ofereceu 25 mil euros (R$ 131 mil) em troca de seu silêncio.
As declarações de Francisco foram dadas durante reunião nesta segunda-feira (6): "Bom, esse bispo foi perseguido, caluniado, e ele permaneceu firme, sempre correto, homem correto. Por isso, naquele dia em que fui a Palermo, quis fazer uma parada em Piazza Armerina antes, para saudá-lo. Ele é um bom bispo".
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