(ANSA) - Um educador ligado ao movimento católico Comunhão e Libertação (CL), de 52 anos, foi detido neste sábado (19), em Caorle, em Veneza, sob a acusação de agressão sexual contra uma adolescente de 14 anos.
De acordo com os investigadores, o chefe provincial da Juventude Estudantil "Dom Giussani" de Reggio Emilio teria abusado de uma menina confiada a ele por seus pais durante um retiro espiritual em Rimini.
O juiz de instrução do Tribunal de Rimini, Vinicio Cantarini, assinou a ordem de prisão preventiva após inquérito apurado pelos carabineiros da cidade, coordenado pelo subprocurador Davide Ercolani.
"No momento, só posso dizer que há algumas semanas, em nome do meu cliente, apresentei aos promotores públicos de Rimini e Reggio Emilia, de acordo com as disposições da lei, um pedido para saber se havia investigações pendentes contra ele. Aí veio a medida cautelar", explicou o advogado de defesa do suspeito, Liborio Cataliotti.
Por sua vez, o grupo ativista católico leigo italiano manifestou "desgosto e consternação" pelo caso e revelou que o educador "já foi suspenso".
"O investigado foi suspenso de qualquer encargo educativo no seio de CL já há algumas semanas, logo que foi levantada a possibilidade de eventual abusos e ao mesmo tempo ter recebido a informação de que esta denúncia já havia sido endereçada à autoridade judiciária competente", diz a nota.
O movimento católico reforçou que está "em contato com a família da menor envolvida para prestar todo o apoio e ajuda possível, acompanhando-os também na oração neste doloroso caso".
"Com o devido respeito a todas as pessoas envolvidas, esperamos que o devido sigilo vai agora manter-se sobre o caso, aguardando e confiando que os trabalhos das entidades competentes irão esclarecer o mais brevemente possível", concluiu o texto.
O caso ocorre um dia antes do CL abrir seu comício anual de cinco dias em Rimini, cujos convidados incluirão o presidente da Itália, Sergio Mattarella.
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