(ANSA) - Autoridades do governo israelense e religiosos condenaram os ataques de judeus ortodoxos que cuspiram em direção ao Muro das Lamentações, onde estavam peregrinos cristãos em procissão.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, disse que "esse ato não representa os valores do judaísmo": "A liberdade de religião e de culto são valores fundamentais em Israel. Centenas de milhares de turistas cristãos vêm a Israel visitar os seus e os nossos lugares sagrados. Peço que todos os cidadãos de Israel respeitem a tradição".
David Lau, rabino-chefe ashkenazita de Israel, também condenou o episódio: "Esse não é o caminho da Torá. Não há um único rabino apoiando e legitimando um ato tão desprezível".
Em seguida, o premiê do país, Benjamin Netanyahu, também se manifestou: "Condeno com firmeza todas as tentativas de intimidar os fiéis e adotarei ações imediatas e decididas contra tudo isso. Israel se empenha em salvaguardar o sagrado direito de culto e peregrinação aos lugares santos de todas as fés".
"Um comportamento ofensivo contra os fiéis é sacrilégio e inaceitável. Nenhuma forma de hostilidade contra qualquer um envolvido em ritos religiosos será tolerada", concluiu.
O cardeal Pierbattista Pizzabala, Patriarca Latino de Jerusalém, disse à ANSA que espera que Netanyahu tome providências: "Pela primeira vez, se não me engano, o primeiro-ministro estigmatizou esse fenômeno. Esperamos que agora, além das palavras, haja fatos. Não é um fenômeno que me choca, e, infelizmente, não é uma novidade".
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA