O papa Francisco disse ter ficado "profundamente entristecido" ao saber da notícia do assassinato do ex-primeiro-ministro do Japão Shinzo Abe, morto durante um comício político na última sexta-feira (8).
A mensagem está em um telegrama enviado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ao núncio apostólico em Tóquio, Leo Boccardi.
"Sua santidade papa Francisco ficou profundamente entristecido ao saber do assassinato de Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro do Japão, e oferece sentidas condolências para a família, amigos e o povo do Japão. Na sequência desse ato sem sentido, ele reza para que a sociedade japonesa seja fortalecida em seu compromisso histórico com a paz e a não-violência", diz o documento.
O pontífice se encontrou duas vezes com Abe: em 6 de junho de 2014, no Vaticano, e em 25 de novembro de 2019, durante uma viagem ao Japão.
Fora do poder desde setembro de 2020, o ex-primeiro-ministro foi assassinado a tiros enquanto participava do comício de um candidato nas eleições legislativas deste domingo (10).
Abe ainda chegou a ser socorrido e levado a um hospital, mas não resistiu a uma hemorragia causada pelos disparos e faleceu algumas horas depois. O autor do atentado, Tetsuya Yamagami, um ex-militar de 41 anos, está preso, mas ainda não se sabe o que teria motivado o crime.
Segundo a imprensa japonesa, Yamagami chegou a admitir à polícia que estava "frustrado" com o ex-premiê, mas negou que cultivasse qualquer tipo de "rancor" por razões políticas. (ANSA)
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