O presidente da Rússia, Vladimir Putin, negou que a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria represente uma derrota para Moscou.
A declaração do líder russo aconteceu durante sua coletiva de imprensa anual, na qual o chefe de Estado reforçou que o objetivo principal da intervenção militar da Rússia em território sírio, iniciada em 2015, era prevenir a formação de um "enclave terrorista" similar àquele no Afeganistão.
"Há uma tentativa de pintar o que aconteceu na Síria como uma derrota para Moscou. Garanto que não é esse o caso", afirmou Putin, que explicou que suas tropas se estabeleceram no país árabe "há 10 anos para evitar que um foco terrorista surgisse na região". "De forma geral, alcançamos nosso objetivo", garantiu.
Putin revelou também que ainda "não viu Assad", que está refugiado na Rússia desde 8 de dezembro, após rebeldes jihadistas tomarem Damasco. "Mas irei encontrá-lo", assegurou.
A relação entre Síria e Rússia tem raízes profundas, com início no governo de Hafez al-Assad, pai de Bashar, na década de 1970. Essa ligação se intensificou em 2015, quatro anos após o início da guerra civil que assolou o país, quando o apoio de Moscou ajudou o regime a conter os grupos rebeldes.
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