(ANSA) - O Festival de Sanremo, concurso musical mais popular da Itália, serviu de palco nesta quarta-feira (8) para manifestações em defesa dos direitos das mulheres no Irã, país chacoalhado por uma revolta popular há quase seis meses devido à morte da jovem Mahsa Amini sob custódia da polícia.
"No Irã, eu não poderia me apresentar vestida desse jeito e maquiada, nem falar de direitos humanos no palco. Teria sido presa ou até assassinada, e é por isso que decidi que o medo não me dá mais medo", disse a ativista Pegah, italiana de origem iraniana, na segunda noite do festival.
"Desde 16 de setembro de 2022, dia em que Mahsa Amini foi morta pela polícia moral, o povo iraniano está sacrificando seu sangue pelo direito de defender o próprio paraíso", acrescentou.
Ao lado da atriz e cantora italiana Drusilla Foer, Pegah entoou uma canção que se tornou símbolo da revolta popular no Irã, "Baraye", recém-premiada com o Grammy de melhor música para mudança social.
A segunda noite do Festival de Sanremo também foi marcada pela apresentação do grupo Black Eyed Peas, que levantou o público no Teatro Ariston, e por um protesto do rapper italiano Fedez, que rasgou uma foto do vice-ministro da Infraestrutura, Galeazzo Bignami, vestido como oficial nazista.
O concurso termina no próximo sábado (11), com 28 artistas em busca de seu cobiçado prêmio. (ANSA)
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