(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, foi aplaudido de pé por vários minutos pelo público presente no Teatro Ariston para a abertura da 73ª edição do Festival de Sanremo, o mais importante concurso musical do país, nesta terça-feira (7).
O mandatário está acompanhado pela filha Laura e foi citado por diversos momentos no início do evento.
"Senhor presidente, tê-lo aqui com nós testemunha a sua proximidade ao mundo do espetáculo e da música. Uma proximidade também ao mundo das canções, onde Sanremo é a máxima expressão popular. A sua presença nos lembra que também é celebrado o 75º aniversário da Constituição, da qual o senhor é o nosso maior garantidor", disse o apresentador e diretor artístico do festival, Amadeus.
Mattarella ainda foi citado durante uma parte engraçada da apresentação do ator e diretor Roberto Benigni, o primeiro convidado da competição deste ano.
"Estou feliz que o senhor está aqui, presidente, mas quero destacar uma coisa. O senhor está no segundo mandato, já Amadeus está no quarto e reservou o quinto, pensa em fazer o sexto, o sétimo. Pergunto: isso é constitucional?", disse arrancando risadas dos presentes.
"Presidente, precisamos pará-lo, é um golpe de Estado, subiu para cabeça e ele quer plenos poderes. Está organizando uma 'Marcha sobre Sanremo' e quer tomar tudo. Isso é uma ditadura", acrescentou.
Ao fim da sua longa apresentação, Benigni também falou sobre o aniversário da Constituição italiana e homenageou todos os constituintes "entre eles, estava também Bernardo Mattarella, o pai do nosso presidente, ao qual peço aplausos".
"Ele e a Constituição têm o mesmo pai - então posso dizer que ela é irmã do presidente", afirmou entre risadas.
O Festival de Sanremo já terá apresentações de 14 dos 28 artistas nesta terça e segue até o próximo dia 11 de fevereiro.
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