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UE anuncia novas medidas para acalmar agricultores

UE anuncia novas medidas para acalmar agricultores

Comissão Europeia quer isentar fazendas pequenas de controles

BRUXELAS, 16 março 2024, 13:45

Redação ANSA

ANSACheck

Agricultores promovem carreata de tratores em Roma - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - O poder Executivo da União Europeia apresentou nesta sexta-feira (15) novas propostas em benefício de agricultores, que protagonizaram uma onda de protestos por todo o bloco entre janeiro e fevereiro.

O cerne do novo pacote é a isenção para fazendas com menos de 10 hectares de seguir os parâmetros da Política Agrícola Comum (PAC), conjunto de normas que regulamenta o setor na UE, mas a iniciativa também prevê incentivos para o respeito às obrigações para que empresas agrícolas acessem fundos comunitários.

"Os agricultores enfrentam crescentes incertezas, causadas por eventos geopolíticos como a agressão da Rússia contra a Ucrânia", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que está em campanha pela reeleição.

Um dos motores dos protestos dos agricultores foi o que eles consideram um excesso de regulamentação ambiental da União Europeia, o que provocaria um aumento dos custos para os produtores. Além disso, a categoria reclama dos acordos comerciais em negociação por Bruxelas, sobretudo o tratado com o Mercosul, que reúne grandes exportadores de alimentos, como Brasil e Argentina.

As propostas ainda serão apresentadas oficialmente, mas já foram antecipadas por Von der Leyen em um telefonema com o premiê da Polônia, Donald Tusk. "Queremos aliviar o ônus administrativo para os agricultores europeus e dar a eles uma maior flexibilidade para se adequar a determinadas condições, sem reduzir o nível de ambição da PAC", disse a alemã.

O Executivo da UE também propõe que a obrigação de manter terrenos sem produção seja transformada em um "sistema de incentivos". "Na prática, significa que os agricultores serão encorajados a manter as áreas não produtivas, mas sem temer a perda de renda se não puderem fazê-lo", explicou Von der Leyen. (ANSA)
   

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