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Guerra é fruto da falta de lar seguro para palestinos, diz Lula

Guerra é fruto da falta de lar seguro para palestinos, diz Lula

Presidente discursou em cúpula virtual do Brics

SÃO PAULO, 21 novembro 2023, 12:12

Redação ANSA

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Lula recebe brasileiros que estavam na Faixa de Gaza, em 13 de novembro © ANSA/EPA

(ANSA) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (21), durante a cúpula virtual do Brics, que a atual guerra entre Israel e Hamas é fruto da "ausência de um lar seguro para o povo palestino".

A declaração foi dada durante a reunião extraordinária sobre o Oriente Médio convocada pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que exerce o comando do grupo em 2023.

O encontro virtual do Brics também contou com representantes dos países convidados a ingressar no bloco: Arábia Saudita, Argentina, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.

"A guerra atual também decorre de décadas de frustração e injustiça, representadas pela ausência de um lar seguro para o povo palestino", disse Lula em seu discurso.

"É fundamental acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia, onde os assentamentos ilegais israelenses continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino", acrescentou o presidente, ressaltando que a solução de dois Estados mutuamente reconhecidos "é a única possível".

"Estou convencido do potencial deste grupo para mobilizar as forças políticas e diplomáticas em favor da resolução pacífica de controvérsias. O Brasil seguirá pronto a apoiar todas as iniciativas que levem a uma solução política para esse conflito", afirmou.

Lula também reiterou a condenação "veemente" dos ataques terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro, o apelo em defesa da "liberação imediata e incondicional de todos os reféns" e a necessidade de implantar uma trégua humanitária "imediatamente".

"No entanto, tais atos bárbaros não justificam o uso de força indiscriminada e desproporcional contra civis. Estamos diante de uma catástrofe humanitária. Os inocentes pagam o preço pela insanidade da guerra, sobretudo mulheres, crianças e idosos", salientou. (ANSA)

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