(ANSA) - O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, negou assinar um contrato com o governo da Rússia e, com isso, a sua organização deixará de lutar na Ucrânia.
Andrey Kartapolov, chefe do comitê de Defesa da Duma, câmara baixa do parlamento russo, declarou nesta quinta-feira (29) que Prigozhin não quis assinar um acordo proposto por Moscou.
O contrato rejeitado pelo comandante do Wagner tinha o objetivo de anexar o grupo mercenário às Forças Armadas da Rússia.
O político afirmou que, mesmo antes da rebelião da organização, o governo russo já havia pedido para que todas as formações envolvidas nas batalhas na Ucrânia assinassem esse contrato.
"Todos começaram a tomar suas decisões, exceto Prigozhin. Ele foi informado de que o Wagner não participaria mais da operação militar especial e não houve financiamento ou suprimentos", explicou Kartapolov.
Em uma declaração, Prigozhin negou que a rebelião promovida pelo grupo contra o regime de Vladimir Putin era uma tentativa de dar um golpe. O miliciano destacou que a marcha para Moscou foi convocada para "expressar um protesto" contra o suposto fim do Wagner.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que Putin "está enfraquecido" depois do motim, mas alertou que o mandatário russo pode representar um "perigo maior" em condições mais fracas.
"Ainda não está claro o que aconteceu ou quem estava por trás desse grupo militar. Alguns generais foram presos, acho que Putin está em um modo de limpeza. A única resposta que podemos dar é seguir apoiando a Ucrânia", acrescentou.
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