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Milei vai transferir embaixada em Israel para Jerusalém

Milei vai transferir embaixada em Israel para Jerusalém

Medida foi confirmada logo na chegada do ultraliberal ao país

TEL AVIV, 06 fevereiro 2024, 19:51

Redação ANSA

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Javier Milei durante visita a Jerusalém © ANSA/EPA

(ANSA) - O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta terça-feira (6) a intenção de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, dando sequência a um movimento iniciado pelo então mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2017.

A medida foi anunciada após a chegada do líder ultraliberal em solo israelense, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores Israel Katz.

"Quero agradecer-lhe por ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e por ter anunciado a transferência da embaixada argentina para Jerusalém, capital do povo judeu e do Estado de Israel", disse Katz, segundo nota oficial.

Já o premiê Benjamin Netanyahu felicitou Milei por ter cumprido uma promessa de campanha - os dois líderes devem se reunir pessoalmente nesta quarta-feira (7).

Por sua vez, o grupo fundamentalista islâmico Hamas, que controla Gaza, condenou "com força" a decisão do presidente argentino e a qualificou como "errada e injusta". Além disso, declarou que a mudança torna Buenos Aires "parceira da ocupação sionista em suas violações contra o povo palestino e seus direitos".

Após Israel, Milei visitará Roma, capital da Itália, onde se reunirá com a premiê Giorgia Meloni, o presidente Sergio Mattarella e o papa Francisco.

Histórico

A grande maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, uma vez que Jerusalém Oriental também é reivindicada como capital de um futuro Estado palestino.

Em 2017, no entanto, Trump ordenou a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, ação que inflamou os ânimos no Oriente Médio e provocou uma onda de protestos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Apesar de controversa, a mudança não foi revertida pelo atual presidente dos EUA, Joe Biden.

Países como Guatemala, Honduras e Kosovo também levaram suas sedes diplomáticas para Jerusalém, mas essa abordagem ainda é amplamente minoritária na comunidade internacional, que a vê como um entrave para as negociações de paz entre árabes e israelenses.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também chegou a dizer que transferiria a embaixada brasileira para Jerusalém, mas acabou recuando. (ANSA)

 

 

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