(ANSA) - Ao final de vários dias de negociações complexas e desgastantes com a parte da oposição disposta a dialogar com o governo, a Câmara dos Deputados da Argentina começou nesta quarta-feira (31) a análise do projeto de lei “Ómnibus”.
O texto proposto pelo governo do ultraliberal Javier Milei é considerado essencial pelo Executivo para implementar a política de reformas que ele previu durante sua campanha.
A expectativa é de que o debate dure entre 35 e 50 horas, e a avaliação só foi possível depois que negociadores do governo aceitaram reduzir o escopo do texto-base, reduzindo o número de artigos de 524 para 385, apagando o capítulo fiscal e o mecanismo de atualização de aposentadorias.
O governo é minoria na Casa: o partido de situação La Libertad Avanza tem apenas 38 deputados, outros sete são considerados apoiadores, e o quórum mínimo para começar a discussão é de 128 integrantes.
Os principais pontos que devem ser debatidos são a declaração de emergência pública, a reforma do Estado e as privatizações.
O governo espera obter aprovação já nesta quinta-feira (31), quando o texto seria então enviado ao Senado.
Nesta quarta, houve protestos e momentos de tensão em frente ao Congresso, com bloqueios de vias e empurrões. As forças de segurança chegaram a usar gás lacrimogêneo e detiveram três pessoas.
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