(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse neste sábado (15), durante sua visita a Adis Abeba, que seu governo apoia os esforços para fortalecer a Somália.
A declaração foi dada após uma reunião trilateral com o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, e o presidente da Somália, Hassan Sheikh Mohamud.
"A Somália sempre encontrará na Itália um parceiro privilegiado e sólido no apoio aos esforços para fortalecer as instituições somalis e a estabilidade de todo o Chifre da África", escreveu Meloni no Twitter.
Além disso, a premiê italiana reiterou a linha do governo sobre as alterações ao decreto migratório e reforçou que pretende eliminar a proteção especial para requerentes de asilo por ser considerada um fator de atração para os imigrantes que chegam à Itália.
"Meu objetivo é a eliminação da proteção especial, porque é uma proteção a mais em relação ao que acontece com o resto da Europa. É complexo e é normal que existam várias alterações", acrescentou.
A medida, fortemente apoiada pelo partido de direita Liga, será incluída em uma emenda ao decreto de emergência do governo para imigrantes aprovado após o naufrágio de 26 de fevereiro em Cutro, na Calábria, que matou pelo menos 93 imigrantes.
Durante coletiva de imprensa, Meloni ressaltou acreditar que pode "contribuir muito para o desenvolvimento, a segurança e a estabilidade das nações africanas".
Ela reforçou que "há um grande desejo pela Itália, há uma grande atenção para a nossa capacidade de cooperação não predatória, deixar alguma coisa aqui".
"Queremos trabalhar em infraestrutura, agricultura, turismo. O que essas nações nos pedem é também que sejamos promotores, porta-vozes em organismos internacionais, a UE, o G20, o G7, seus pedidos, suas necessidades e acredito que a Itália pode desempenhar muito bem esse papel", afirmou.
Por fim, Meloni garantiu que a Itália cumprirá o prazo de agosto para atualizar o Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PNRR) pós-Covid, financiado pela UE.
Logo depois, antes de finalizar sua missão na Etiópia, Meloni visitou o instituto Galileu Galilei na capital etíope, a maior escola italiana no exterior com cerca de 900 alunos.
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