A nova pesquisa Ipec, encomendada pela Globo e divulgada na noite desta segunda-feira (19), mostrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 47% das intenções de voto e voltou a ter possibilidade de vencer as eleições de outubro ainda no primeiro turno.
Para ganhar assim, é preciso ter 50% + 1 votos, de acordo com as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No levantamento anterior, publicado em 12 de setembro, o ex-mandatário tinha 46%.
A afirmativa se baseia no fato de que o petista tem 52% dos votos válidos, quando eliminados os votos brancos, nulos e indecisos. Pela margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, Lula tem entre 50% e 54% dos votos.
Já o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), manteve os mesmos 31% de intenções da pesquisa anterior e tem 34% quando considerados apenas os votos válidos.
O Ipec ainda fez um cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, em que o petista venceria por 54% a 35%.
Na terceira colocação, segue Ciro Gomes (PDT), com 7% - mesmo percentual do levantamento anterior - e na quarta está Simone Tebet (MDB), que subiu para 5% - um ponto percentual a mais na comparação. Soraya Thronicke (União Brasil) tem 1% das intenções. Os demais candidatos ficaram abaixo de 1%.
Na pesquisa espontânea, quando os nomes não são informados, Lula tem 45% das intenções de voto, Bolsonaro 29%, Ciro 5% e Simone 3%. Os demais não chegaram a 1%.
Já a rejeição também segue estável em relação a anterior: 50% dos entrevistados disseram que não votariam no atual presidente de jeito nenhum, 33% afirmaram isso sobre Lula, 15% em Ciro, 6% em Simone, 5% em Vera Lucia (PSTU), 4% em Sofia Manzano (PCB) e 3% em Eymael (3%). Outros 2% responderam que poderiam votar em todos os candidatos.
Na segmentação, também não houve muitas mudanças significativas.
Lula vai melhor entre famílias mais pobres, que recebem até um salário mínimo (58%), entre quem recebe auxílio do governo (55%), entre católicos (53%), entre pretos e pardos (52%) e entre os que moram no Nordeste (63%).
Bolsonaro tem percentuais melhores entre evangélicos (48%), entre homens (41%), e entre quem vive no Sul do país (41%).
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