O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (13) sua retirada da disputa pela Presidência da República nas eleições de outubro.
Estagnado nas pesquisas de intenção de voto e sem apoio da cúpula do PSDB, o tucano disse reconhecer a realidade de "cabeça erguida" e colocou seu nome à disposição do partido.
"Hoje dia 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB", afirmou Doria em um discurso.
"Me retiro da disputa com coração ferido, mas com a alma leve e com a sensação de dever cumprido. Saio com sentimento de gratidão e a certeza de que tudo que fiz foi em defesa de um ideal coletivo", acrescentou.
O tucano já havia ameaçado desistir da candidatura no fim de março devido à falta de unidade do PSDB em torno de sua campanha, mas acabou recuando.
No entanto, a divisão persistiu entre as lideranças tucanas, apesar de Doria ter vencido as prévias da legenda para a Presidência da República, superando o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.
A pressão aumentou devido à estagnação de Doria nas pesquisas, que dão o tucano com menos de 5% das intenções de voto, sem espaço em uma disputa polarizada entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Ainda não está claro qual será a posição do PSDB nas eleições presidenciais, mas cogita-se uma possível chapa encabeçada pela senadora Simone Tebet (MDB), que também patina nas pesquisas.
O partido ainda avaliou que a manutenção da candidatura de Doria poderia prejudicar a campanha de Garcia ao governo de São Paulo, principal bastião tucano no país e que é pleiteado pelos ex-ministros Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato de Bolsonaro. (ANSA)
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