O petista Luiz Inácio Lula da Silva lançou neste sábado (7), em evento em São Paulo, sua chapa com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para disputar as eleições presidenciais de 2022, que serão realizadas em outubro.
O encontro começou por volta das 10h30, no Expo Center Norte, na Zona Norte de São Paulo, e reúne lideranças políticas e apoiadores, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o pré-candidato ao governo de SP Fernando Haddad (PT), o líder do MTST Guilherme Boulos (PSOL) e o governador do Maranhão Flávio Dino (PSB).
Alckmin, no entanto, deve participar apenas virtualmente após ter testado positivo para Covid-19 na última sexta (6). Apresentando sintomas leves da doença, ele deverá falar ao vivo, em um telão.
Além de representantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do PSB, a cerimônia conta com a presença de membros de legendas que já declararam apoio à chapa. Entre eles estão: PCdoB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede. As centrais sindicais, movimentos sociais e militância dos partidos também foram convocados.
Em meio às declarações polêmicas de Lula e divergências na coordenação de campanha, o ato tem como objetivo oficializar a frente ampla que o ex-presidente tenta construir e cujo mote é "vamos juntos pelo Brasil".
O material da campanha da chapa também incorporou as cores da bandeira, além do tradicional vermelho do PT. A expectativa é de que a união com Alckmin consiga arrecadar votos de eleitores mais identificados com o centro.
Discurso Alckmin -
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin disse neste sábado (7) que “absolutamente nada servirá de razão ou pretexto” para que ele “deixe de apoiar ou defender a volta de Lula à presidência do Brasil", porque o petista “é a esperança que resta” ao país.
Em discurso durante evento de lançamento de sua chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin fez duras críticas ao atual presidente e rival Jair Bolsonaro e prometeu ao povo brasileiro “um governo realmente democrático”.
“O Brasil sobrevive hoje ao mais desastroso e cruel governo da sua história. Socialmente injusto e irresponsável", disse.
O ex-governador também agradeceu Lula por lhe "dar o privilégio de sua confiança" e enfatizou que o ex-presidente "é hoje a esperança que resta ao Brasil".
"Sem Lula, não haverá alternância de poder. E sem alternância, não haverá garantias para a nossa democracia. Lula é a única via da esperança para o Brasil. O futuro do Brasil também está em jogo", disse Alckmin.
O ex-tucano enfatizou ainda que as discordâncias do passado não devem ficar no caminho da “missão” que os dois têm, que é defender a democracia. “Antes da disputa, algo mais urgente se impõe, a defesa da própria democracia”, acrescentou ele. “O que mais importa é aquilo que o Brasil precisa.
Com Covid-19, Alckmin participou do evento na zona norte de São Paulo por meio de videoconferência e garantiu que “mesmo que discordem que Lula é um prato que combine com chuchu, ele será um hit da nossa culinária”.
“Presidente Lula, mesmo que muitos discordem da sua opinião de que Lula é um prato que cai bem com chuchu, o que eu acredito vem ainda se tornar um hit da nossa culinária, quero lhe dizer perante toda a sociedade brasileira: Muito obrigado. Serei um parceiro leal, seriamente compromissado com seu propósito de fazer o Brasil um país mais justo e economicamente mais forte", concluiu o ex-governador.
Matéria em atualização...
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