O PSB indicou nesta sexta-feira (8) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para vice-presidente na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Essa hipótese já era ventilada havia meses e marca uma tentativa de ampliar o eleitorado do ex-presidente para derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.
"Política não é uma arte solitária, vamos somar esforços para a reconstrução do nosso país", afirmou Alckmin, que trocou o PSDB pelo PSB recentemente. "Hoje temos um governo que atenta contra a democracia e as instituições", acrescentou o ex-governador paulista.
A indicação ainda precisa ser aprovada pelo PT, etapa que já é dada como certa até pelo próprio Lula. "Tenho certeza que o Partido dos Trabalhadores irá apoiar seu nome como candidato a vice", disse o ex-presidente, acrescentando que é "plenamente possível duas forças com projetos diferentes se juntarem em um momento de necessidade do povo".
"O Brasil está precisando de amor, não de ódio, está precisando de humanismo, não de armas, de salário, não de bravatas", afirmou o petista, prometendo receber Alckmin como um "velho companheiro".
Com 69 anos e natural de Pindamonhangaba (SP), Alckmin foi governador de São Paulo entre 2001 e 2006 e de 2011 a 2018. O ex-tucano também disputou a Presidência da República em duas ocasiões: em 2006, quando perdeu no segundo turno para o próprio Lula (60,83% a 39,17% em favor do petista), e em 2018, quando teve apenas 4,76% dos votos.
Essa não é a primeira vez que Lula se junta a um nome do campo conservador para chegar à Presidência. Em 2002, venceu a disputa tendo como vice o empresário do setor têxtil José Alencar, então no PL, partido que hoje dá legenda a Bolsonaro.
Segundo o petista, Alckmin vai participar ativamente da campanha e da montagem do governo. "Essa chapa aqui não é só para disputar as eleições. Talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa que teremos pela frente para recuperar esse país", disse Lula. (ANSA)
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