A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta terça-feira (17) que seu governo está pronto a dialogar com a nova liderança na Síria, após a queda do ditador Bashar al-Assad.
"A queda do regime Assad é uma boa notícia, celebrada pela população síria após mais de uma década de guerra civil. As forças rebeldes locais são heterogêneas e têm interesses contrastantes e, por isso, existe uma preocupação em relação ao futuro", disse a premiê em audiência na Câmara dos Deputados.
"A Itália é o único membro do G7 a ter uma embaixada aberta em Damasco e está pronta para dialogar com a nova liderança síria, obviamente em um contexto de avaliações e ações compartilhadas com parceiros europeus e internacionais", acrescentou Meloni às vésperas da reunião do Conselho Europeu, em 19 de dezembro, que discutirá as tensões geopolíticas no mundo.
Já a alta representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, garantiu que o bloco "está pronto para reabrir a embaixada em Damasco".
"Pedi ao chefe da nossa delegação que fosse a Damasco para fazer os primeiros contatos construtivos com a nova liderança e os vários grupos locais", comentou Kallas durante debate sobre a Síria no Parlamento Europeu.
Além disso, a alta representante também prometeu "aumentar a assistência humanitária" à nação árabe e "pensar em uma possível revisão das sanções, a fim de apoiar o país em sua recuperação, mantendo simultaneamente a nossa influência".
"Com o fim do regime Assad, será possível trabalhar de diversas maneiras com a Síria", reforçou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, lembrando que em 2024 "a ajuda humanitária da UE ao país superou 163 milhões de euros [R$ 1 bilhão]".
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