O Parlamento da Coreia do Sul rejeitou neste sábado (7) o pedido de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol apresentado pela oposição após ele decretar lei marcial no país e retirá-la poucas horas depois.
Para ser aprovada, a moção precisava do apoio de pelos dois terços dos 300 parlamentares. Mas, segundo a agência Yonhap, o quórum não foi alcançado depois que representantes do partido de Yoon boicotaram a votação.
Em uma mensagem televisiva à nação, o presidente sul-coreano chegou a apresentar um pedido de desculpas pela imposição da lei marcial e disse que "isto nunca mais acontecerá".
"A declaração da lei marcial nasceu dos meus impulsos como presidente. No entanto, ao fazer isso, causei ansiedade e desconforto. Peço sinceras desculpas aos cidadãos que ficaram muito angustiados", acrescentou.
Em seu breve discurso, Yoon assegurou que "não fugirá à responsabilidade jurídica e política pela declaração da lei marcial", mas não se ofereceu para demitir-se e limitou-se a dizer que "confiará ao partido medidas para estabilizar a situação política".
Paralelamente, pelo menos 150 mil pessoas juntaram-se à grande manifestação perto do Parlamento de Seul, durante a votação do impeachment de Yoon.
Por causa disso, o ministro da Defesa sul-coreano, Kim Seon-ho, ordenou aos principais líderes e comandantes militares de todo o país que ficassem em alerta durante a votação, em caso de necessidade.
Kim deu as instruções durante uma videoconferência com os chefes do Exército, da Força Aérea e da Marinha, bem como com os principais comandantes militares do país e outros oficiais.
O ministro sul-coreano pediu para todos fazerem "esforços para manter uma postura firme de prontidão, reconhecendo ao mesmo tempo a atual situação de segurança dentro e fora do país".
Líder de partido governista renuncia na Coreia do Sul
Han Dong-hoon, líder do Partido do Poder Popular no governo da Coreia do Sul, anunciou a sua demissão após o fracasso da moção de impeachment contra o presidente Yoon Suk-yeol no Parlamento.
Mais cedo, após a mensagem de Yoon à nação, Han reiterou que “o desempenho normal das funções do presidente é impossível nas atuais circunstâncias e a sua demissão antecipada é inevitável”.
O seu partido, que é o mesmo de Yoon, abandonou a Câmara, destruindo a moção da oposição ligada à lei marcial declarada pelo presidente e retirada devido à rejeição do Parlamento.
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