O gabinete do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma operação policial de busca, nesta quarta-feira (11), como parte da investigação sobre a declaração da lei marcial no último dia 3 de dezembro.
A informação foi divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, segundo a qual as autoridades realizam outras operações envolvendo a Agência Nacional de Polícia, a Polícia Metropolitana de Seul e a polícia da Assembleia Nacional.
No entanto, segundo a polícia sul-coreana, guardas de segurança bloquearam a entrada da equipe especial de investigação no edifício principal do presidente.
"A operação começou e obtivemos acesso de busca à parte dos serviços públicos. Atualmente não podemos entrar no prédio principal devido a restrições impostas pelos guardas de segurança presidencial", informaram as autoridades do país.
Yoon, que não estava no local, é investigado criminalmente por insurreição e abuso de poder por ter imposto uma lei marcial para restringir os direitos civis da população, cuja duração foi de apenas seis horas devido à rejeição do Parlamento.
Em meio à crise generalizada e fortes protestos, o presidente pediu desculpas e afirmou que decretou a legislação por desespero. Na sequência, sobreviveu a uma votação de impeachment.
Paralelamente, os dois mais altos oficiais da polícia da Coreia do Sul foram presos para que seus papéis na execução do decreto de lei marcial sejam investigados.
De acordo com a imprensa local, o comissário geral da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji Ho, e Kim Bong-sik, chefe da agência policial metropolitana de Seul, estão na estação de polícia de Namdaemun, na capital do país.
Os dois são alvos da justiça por seus papéis no envio das forças policiais para a Assembleia Nacional. A principal hipótese é de que a dupla teria tentado impedir que os parlamentares votassem pela revogação do decreto de lei marcial.
A publicação lembrou ainda que as prisões ocorreram poucas horas da apresentação da nova moção de impeachment contra Yoon feita pela oposição, que deverá ser votada pela Assembleia Nacional no próximo sábado (14).
Mais cedo, em uma audiência preliminar, o chefe do Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO), Oh Dong-woon, confirmou que "uma investigação completa está em andamento" e a hipótese de prisão de Yoon será analisada.
Questionado se quer prender o presidente, Oh afirmou que tem "uma vontade forte".
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA