A diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo nesta terça-feira (23), em meio à pressão sofrida após uma possível falha de segurança na tentativa de assassinato contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
A informação foi divulgada pela ABC News, citando fontes familiarizadas com a decisão, um dia após ela ser interrogada durante uma audiência perante o Comitê de Supervisão da Câmara e de Segurança Interna e admitir sua responsabilidade por qualquer falha.
Cheatle estava pressionada desde o ataque a tiros contra Trump, em 13 de julho, em um comício eleitoral na Pensilvânia, que deixou um participante morto e outros dois feridos, além do próprio ex-presidente.
A renúncia ocorre no momento em que as autoridades norte-americanas abriram investigações sobre a forma como a agência lidou com a proteção do magnata. Hoje, inclusive, a Câmara de Representantes dos Estados Unidos anunciou que estabelecerá uma força-tarefa bipartidária para investigar a tentativa de assassinato contra o republicano.
Durante sua aparição ontem, Cheatle reconheceu que houve problemas "significativos" e "colossais" com a segurança no comício, mas ainda rejeitou as exigências de sua renúncia. "Acho que sou a melhor pessoa para liderar o Serviço Secreto neste momento", disse ela, cuja nomeação para o cargo foi feita em 2022 pelo presidente americano, Joe Biden.
Após a renúncia, o democrata agradeceu Cheatle “pelas décadas de trabalho” e disse esperar nomear seu substituto “em breve”.
“Ela dedicou e arriscou a vida para proteger o país”, declarou Biden, que aguarda o resultado da investigação independente sobre o que aconteceu no dia da tentativa de assassinato contra Trump.
"Sabemos que o que aconteceu naquele dia nunca mais poderá acontecer. Espero nomear em breve um novo diretor do Serviço Secreto", concluiu. (ANSA)
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