(ANSA) - Foram 11 meses de acusações e defesas em um processo esportivo com quatro audiências, uma em Milão e três em Roma, até a sentença emitida nesta sexta-feira (29).
A treinadora da seleção italiana de ginástica rítmica, Emanuela Maccarani, recebeu apenas uma advertência; e sua assistente, Olga Tishina, foi absolvida no processo em que as duas eram acusadas de abusos psicológicos.
As investigações partiram de uma procuradoria federal especializada em esporte, após denúncias das ex-ginastas Nina Corradini e Anna Basta.
"Não há prova de comportamento vexatório contra as ginastas", disse o procurador federal Michele Rossetti. Para ele, a culpa que se pode imputar a Maccarani é a de "excesso de afeto por Anna Basta".
Assim ele justificou o pedido de advertência para a treinadora, que corria risco de multa, desqualificação e banimento do esporte.
A defesa da treinadora das "Farfalle" (borboletas) pedia, porém, a absolvição completa, alegando que o clima dos treinamentos era "familiar" e que Maccarani "merecia receber uma medalha por não ter abandonado Anna Basta" pelos problemas da atleta em manter o peso.
A treinadora definiu os 11 meses do processo como "dolorosos e difíceis", disse que está com "a consciência no lugar", mas que tem uma "ferida que continuará por toda a vida".
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