(ANSA) - O Ministério Público de Monza encaminhou à Justiça as denúncias de abusos psicológicos atribuídos às técnicas Emanuela Maccarani e Olga Tishina.
As audiências sobre o caso, que manchou a ginástica rítmica do país, começaram em 30 de outubro e terminaram na última quinta-feira (29). O encaminhamento foi assinado e compartilhado pelo procurador-geral da República, Michele Rossetti.
As duas treinadoras, que trabalhavam na Academia Internacional de Ginástica Rítmica de Desio, em Monza, foram denunciadas por aplicar "métodos de treinamento que não cumpriam os deveres de correção e profissionalismo".
As autoridades italianas ainda afirmaram que Maccarani e Tishina "exerceram pressões psicológicas que levaram algumas ginastas a desenvolver distúrbios".
As técnicas terão um prazo de 20 dias para apresentar suas respectivas defesas ou pedir para serem ouvidas pessoalmente pelos magistrados.
A Justiça italiana decidirá se vai absolver ou aplicar alguma sanção contra as duas treinadoras, que poderão ser suspensões ou até mesmo multas.
O escândalo explodiu na Itália em outubro passado, quando algumas jovens ex-ginastas da academia denunciaram que foram vítimas de constantes humilhações e violência psicológica durante os treinamentos.
Maccarani, que também era diretora do prestigiado centro de treinamento, é uma das técnicas mais vencedoras da história da ginástica rítmica do país europeu.
Tendo em vista as próximas competições internacionais, as atletas da seleção italiana de ginástica rítmica retomaram os treinamentos em Desio na última segunda-feira (2).
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