(ANSA) - O Napoli afirmou nesta terça-feira (15) que não vai abrir mão de uma multa de quase 3 milhões de euros (R$ 16 milhões) para liberar o técnico Luciano Spalletti para treinar a seleção italiana de futebol.
Campeão nacional pelo Napoli na temporada passada, Spalletti deixou o comando do clube após o fim da Série A, mas ainda tem contrato vigente com uma cláusula de rescisão equivalente aos salários restantes até o fim do vínculo, em junho de 2024.
Como o salário de Spalletti é de 250 mil euros (R$ 1,36 milhão), o valor da multa rescisória hoje gira em torno de 2,625 milhões (R$ 14,3 milhões), quantia referente a 10 meses e meio.
Em comunicado oficial, o presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, diz que foi o próprio treinador quem decidiu tirar um ano sabático após o título da Série A porque estava "muito cansado".
"Ao conceder a possibilidade de não cumprir seu contrato, pedi garantias sobre o respeito a esse período sabático, inserindo uma multa para se esse compromisso não fosse respeitado", afirma o cartola.
"Se a escolha [da seleção italiana] recai sobre Spalletti, oferecendo um salário de 3 milhões líquidos por três anos, não se pode deixar de contratá-lo por causa de 1 milhão bruto por ano para liberá-lo de seu vínculo contratual. Tudo isso é incoerente", acrescenta De Laurentiis.
Segundo o presidente, 3 milhões de euros não são muito dinheiro para o Napoli e "ainda menos" para ele. "Mas a questão nesse caso não é sobre o 'vil dinheiro', mas sim de princípio, e que não diz respeito apenas ao Napoli, mas a todo o sistema do futebol italiano, que deve se livrar de sua postura amadora para enfrentar os desafios, olhando para o respeito às regras das empresas e do mercado", conclui.
Spalletti é o favorito para substituir Roberto Mancini, que se demitiu de surpresa no último domingo (13), porém a Federação Italiana de Futebol (Figc) quer contratá-lo sem pagar a multa. (ANSA)
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