(ANSA) - A Corte Federal da Federação Italiana de Futebol (Figc) puniu a Juventus com a perda de 15 pontos nesta sexta-feira (20) por conta das novas informações sobre o escândalo financeiro que envolveu o clube, informam fontes do judiciário esportivo à ANSA.
A quantidade de pontos é maior do que havia solicitado a Procuradoria, que era de nove. Com isso, a Velha Senhora despencou do terceiro para o 10º lugar do Campeonato Italiano.
A Figc oficializou também as punições contra os ex-dirigentes da Juventus por conta do escândalo financeiro.
O ex-presidente Andrea Agnelli foi banido de atividades esportivas por 30 meses e os ex-dirigentes receberam penas diferentes: Fabio Paratici foi punido em 30 meses e Federico Cherubini em 16.
O ex-jogador e ex-vice-presidente do clube Pavel Nedvdev recebeu oito meses de punição e o antigo CEO Maurizio Arrivabene tomou 24 meses. A Figc já solicitou que as punições sejam estendidas também no âmbito da UEFA e da Fifa.
A alta diretoria do clube piemontês, que era capitaneada por Agnelli, renunciou no fim do ano passado devido a uma investigação sobre possíveis crimes financeiros nos balanços fornecidos ao mercado - o clube tem capital aberto na Bolsa de Milão.
As revelações vieram depois que o Ministério Público de Turim descobriu falhas graves nos balanços, com ganhos fictícios na casa dos 155 milhões de euros.
Com isso, o processo conhecido como Plusvalenze, que envolvia outros clubes italianos, voltou a entrar na mira da Procuradoria. No entanto, a justiça definiu que só o caso da Juventus tinha fatores novos para a reabertura e punição.
Resposta Juventus
Os advogados da Juventus, Maurizo Bellacosa, Davide Sangiogio e Nicola Apa, afirmaram que a decisão da Figc de punir o clube é uma "flagrante injustiça".
"A aceitação do recurso por parte da Corte de Apelação Federal nos parece uma clara diferenciação de tratamento com danos para a Juventus e seus dirigente em relação a qualquer outra equipe ou membro", disseram à ANSA.
Os representantes pontuam que esperam "agora ler as motivações para apresentar recurso no Colegiado de Garantia do Esporte" e consideramos que "apenas a Juventus foi punida pela violação de uma regra que a justiça esportiva tinha dito não existir" na decisão anterior.
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