(ANSA) - A Nasa informou nesta quarta-feira (16) que julho de 2023 foi o mês mais quente já registrado globalmente desde 1880, quando começou a série histórica da agência.
A temperatura registrada ficou 0,24ºC acima da máxima anterior, que também ocorreu em um mês de julho.
Os dados da agência espacial norte-americana se somam a recordes aferidos pelo Copernicus, Programa de Observação da Terra da União Europeia; e pelo Poder Executivo da União Europeia para o mesmo período.
Um relatório do Instituto Goddard para Estudos Espaciais (Giss) da Nasa creditou o recorde principalmente às temperaturas muito elevadas atingidas na superfície dos mares, especialmente no Pacífico, por causa do fenômeno El Niño.
Segundo especialistas, o El Niño ainda sequer atingiu o pico, o que só acontecerá entre fevereiro e abril de 2024.
"Não foi só a temperatura mais alta para um mês de julho, foi o mês mais quente já registrado. A ciência é clara ao mostrar que não é um fenômeno normal: o aquecimento alarmante que acontece no mundo todo é liderado principalmente pelas emissões de gases do efeito estufa", disse Gavin Schmidt, diretor do Giss.
O Mediterrâneo e algumas áreas da América do Sul, norte da África, América do Norte e até da Antártida puxaram os índices para cima, com temperaturas até 4ºC acima da média.
Os números analisados foram obtidos a partir de dezenas de milhares de estações meteorológicas que medem a temperatura do ar, e de embarcações e boias que medem a temperatura da superfície das águas.
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