(ANSA) - O projeto de lei contra a carne sintética chegou ao plenário da Câmara dos Deputados da Itália entre dúvidas e polêmicas.
A medida foi assinada pelos ministros Francesco Lollobrigida (Agricultura) e Orazio Schillaci (Saúde).
Para a direita, a medida representa a defesa do "Made in Italy" e da qualidade, proibindo a produção, consumo e comercialização de "alimentos e rações gerados a partir de culturas celulares".
Segundo fontes parlamentares, há dúvidas na presidência, alertando sobre os riscos de uma infração à procedimento por parte da União Europeia. O cerne da questão é se a medida corre o risco de entrar em conflito com o direito internacional e as regras europeias com uma proibição "preventiva".
"Estamos prestes a aprovar uma das leis mais democráticas que tivemos em nosso país. A lei será notificada à Europa imediatamente após a sua aprovação, como ocorreu em muitas outras ocasiões, e realmente esperamos que o exemplo italiano seja seguido no nível europeu", afirmou Lollobrigida.
Para o secretário do partido europeísta +Europa, Riccardo Magi, para proteger e valorizar as excelências agroalimentares do nosso país, "não é necessário inventar proibições contra perigos imaginários e violar a Constituição e as obrigações internacionais da Itália".
"A proibição da carne cultivada é um fetiche ideológico para o governo Meloni: conceberam uma proibição preventiva e obscurantista de um produto para o qual ainda nem chegou o pedido de autorização para a introdução no mercado comum europeu", afirmou.
Esse tipo de carne, também chamada de sintética, cultivada, carne de laboratório ou carne de cultura, é produzida pela reprodução in vitro de células de animais - o produto final, portanto, não requer criação e abate de gado.
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