A cidade de Veneza encerrou com sucesso o primeiro dia do período de testes da taxa de contribuição de cinco euros (R$ 28) para viajantes adeptos do "bate e volta" entrarem no centro histórico da cidade.
A medida é uma bandeira do prefeito de centro-direita Luigi Brugnaro para combater o turismo predatório e minimizar a insatisfação dos moradores com o excesso de visitantes em uma região de ecossistema frágil e já ameaçada pela crise climática.
"Ninguém nunca fez nada para controlar o turismo, mas eu fiz", disse Brugnaro na última quinta-feira (25), feriado do Dia da Libertação. "Lamento pelo incômodo, mas precisávamos fazer alguma coisa", acrescentou.
Cerca de 113 mil pessoas chegaram em Veneza durante o horário de vigência da cobrança (das 8h30 às 16h) no primeiro dia de testes, sendo que 15,7 mil tiveram de pagar a contribuição de acesso, o que garantiu aos cofres da prefeitura uma arrecadação de 78,5 mil euros (R$ 435 mil).
Filas foram registradas nos pontos de acesso ao centro histórico, como a estação ferroviária de Santa Lucia, mas o dia transcorreu em relativa tranquilidade, apesar de um protesto de cerca de 300 manifestantes contra a medida.
A taxa continuará sendo cobrada até 5 de maio, e depois a experiência prosseguirá em todos os fins de semana até 14 de julho, com exceção de 1º e 2 de junho, quando a Itália celebra a Festa da República.
O pagamento deve ser efetuado por meio do endereço www.cda.ve.it, e quem tentar burlar os controles estará sujeito a multas de até 300 euros (R$ 1,7 mil).
A contribuição é cobrada apenas de turistas que não pernoitam no centro histórico de Veneza, mas há isenções para moradores da região do Vêneto, menores de 14 anos, trabalhadores pendulares e estudantes. (ANSA)
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