O Vaticano expressou nesta terça-feira (10) "preocupação" com a situação da Síria, onde uma ofensiva liderada por rebeldes jihadistas conseguiu derrubar em apenas 11 dias o regime de Bashar al-Assad, que resistira a quase 14 anos de guerra.
"Acredito que todos estamos preocupados por aquilo que está acontecendo, até pela velocidade desses acontecimentos. É impressionante que um regime que parecia tão forte e sólido tenha sido varrido em pouco tempo", declarou o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, durante um evento em Milão.
"O importante é que aqueles que chegaram ao poder tentem verdadeiramente criar um regime mais aberto possível e que respeite todos", acrescentou o número 2 na hierarquia da Cúria Romana.
Segundo Parolin, ainda é "prematuro" tentar fazer previsões sobre o cenário na Síria, porém ele disse ter recebido "garantias a respeito das comunidades cristãs" que vivem no país árabe.
Assad estava no poder desde 2000, após ter sucedido seu pai, Hafez al-Assad, que governara por três décadas, totalizando mais de 50 anos de ditadura da família na Síria.
Os rebeldes são liderados pelo grupo islamita Hayat Tahrir al-Sham (HTS), ou Organização para a Libertação do Levante, antigo braço da Al Qaeda no país, mas também incluem forças seculares apoiadas pela Turquia e pelos Estados Unidos, além dos curdos.
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