O papa Francisco escreveu nesta segunda-feira (2) uma carta aos fiéis da Nicarágua, para manifestar a sua proximidade com uma comunidade que tem sido alvo de medidas restritivas do regime de Daniel Ortega, incluindo prisões e expulsões de bispos e padres.
Sem referência direta ao poder político, o líder da Igreja Católica manifesta "afeto" pelo povo nicaraguense, "que sempre se distinguiu por um extraordinário amor a Deus".
Segundo ele, a confiança em Deus e a fidelidade à Igreja "são os dois grandes faróis" que iluminam a existência dos fiéis na Nicarágua. A eles, o Papa assegura que "a fé e a esperança fazem milagres" "Vocês sempre experimentaram sua proteção materna em todas as suas necessidades e demonstraram sua gratidão com uma religiosidade muito bela e espiritualmente rica", ressalta Francisco O documento foi enviado pelo Pontífice por ocasião da Novena da Imaculada Conceição, uma preparação para a abertura do Jubileu de 2025, para que possa oferecer o encorajamento de que os fiéis do país necessitam nas dificuldades, nas incertezas e nas privações.
"Não se esqueçam da amorosa Providência do Senhor, que nos acompanha e é o único guia seguro. Justamente nos momentos mais difíceis, quando se torna humanamente impossível compreender o que Deus deseja de nós, somos chamados a não duvidar de seu cuidado e de sua misericórdia", acrescentou.
Jorge Bergoglio enfatiza que é preciso ter certeza de que "a fé e a esperança fazem milagres" e transmite a sua "proximidade e a certeza" de que reza "incessantemente à Santíssima Virgem" para que console e acompanhe a todos, confirmando a vossa fé.
A Igreja Católica da Nicarágua é alvo de uma campanha do governo que tem como objetivo prender ou expulsar padres e freiras do país. Nos últimos meses, a repressão se intensificou com os religiosos denunciando agressões e a vigilância do governo sobre cerimônias.
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