Por ocasião do "Dia Mundial da Alimentação", o papa Francisco fez um apelo nesta quarta-feira (16) para que o dinheiro usado com armamentos seja utilizado na luta contra a fome.
"Rejeitamos a lógica das armas, transformando enormes gastos militares em investimentos para combater a fome, a falta de cuidados de saúde e educação", apelou o Pontífice em uma publicação em seu perfil nas redes sociais.
O líder da Igreja Católica destacou ainda que "na guerra emerge o pior lado do homem: o egoísmo, a violência e a mentira". Mais cedo, Francisco já havia divulgado uma mensagem no qual alertou para o "doloroso flagelo da miséria e da fome" que atinge milhões de pessoas nos cinco continentes seja "definitivamente derrotado".
No texto dirigido ao diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, e lida no Fórum Mundial da Alimentação, que acontece em Roma, o religioso pede "que todos possam dispor de alimentos em quantidade e qualidade adequadas para si e para as suas famílias, para que cada pessoa possa ter uma vida digna".
Jorge Bergoglio apelou ainda para o combate à fome ser uma "prioridade" para os responsáveis internacionais, enfatizando que a FAO propõe "uma transformação dos sistemas alimentares que tenha em conta a pluralidade e a variedade de alimentos nutritivos, acessíveis, saudáveis e sustentáveis como meio de alcançar a segurança alimentar e dietas saudáveis para todos".
Por fim, o argentino reforçou a urgência de ouvir "as necessidades que vêm de baixo, dos trabalhadores e dos agricultores, dos pobres e dos famintos, e daqueles que vivem com dificuldades em zonas rurais isoladas".
"A humanidade, ferida por tantas injustiças, precisa urgentemente de medidas eficazes para viver melhor, atuando em conjunto no mesmo espírito de fraternidade e na consciência de que este planeta que Deus nos deu deve ser um jardim aberto à convivência serena", concluiu.
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