(ANSA) - O Vaticano negou na manhã deste sábado (5) um suposto "problema de visão" do papa Francisco, após o religioso ter decidido não ler os papéis de um discurso e oração na cerimônia em Fátima, Portugal.
A declaração foi dada pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, para rebater suposições da imprensa depois que o Pontífice começou a ler um discurso e em seguida colocou as folhas preparadas de lado, pronunciando apenas algumas frases de improviso, por ao menos três vezes durante esta viagem.
A atitude se repetiu na manhã de sexta-feira (4), em sua visita à paróquia suburbana de Lisboa, à tarde na Via Sacra com os jovens da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e esta manhã em Fátima.
No entanto, Bruni explicou que "ontem pela manhã, durante a reunião que teve com instituições de caridade, houve um problema de iluminação que refletiu em seus óculos, dificultando a leitura".
Já esta manhã em Fátima, Jorge Bergoglio deixou o discurso e a oração que tinha preparado "não por um problema de visão, mas por uma escolha pastoral para com as pessoas que estava à sua frente", de acordo com o porta-voz.
"Ele disse aquelas palavras dirigindo-se às pessoas que estavam enfrentando sua sensibilidade de pastor", acrescentou ele, lembrando que no santuário de Fátima encontravam-se alguns reclusos e muitos doentes e deficientes, incluindo casos graves.
Questionado se o líder da Igreja Católica tem problemas de memória, Bruni responde: "não é um tema". Por fim, o porta-voz respondeu a quem perguntou se o Papa está cansado, que ele está, assim "como vocês estão cansados de uma viagem intensa".
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