(ANSA) - O relatório anual da Autoridade de Supervisão e Informação Financeira (Asif) do Vaticano apontou 128 sinalizações de atividades suspeitas de lavagem de dinheiro em 2022, 24 a mais do que em todo o ano de 2021.
Segundo o documento divulgado nesta quarta-feira (10), quase a totalidade das notificações - 124 - vieram do Instituto de Obras da Religião (IOR), conhecido também como Banco do Vaticano. Outras duas foram enviadas por "autoridades vaticanas", uma veio de um órgão sem objetivo de lucro e a última de "outros sujeitos".
Ao todo, até o momento, 19 denúncias foram enviadas para o Escritório do Promotor de Justiça do Estado. Além disso, foram aplicadas cinco suspensões por um total de 829 mil euros, também em alta na comparação com o ano anterior, quando foram quatro punições e recolhidos 379,7 mil euros.
O relatório da Asif ainda aponta uma "melhor qualidade" das notificações enviadas e que isso se deve "à estabilização e à normalização do sistema de sinalização e na intensificação das medidas preventivas tomadas pelo IOR".
A Asif foi criada em 2010 pelo então papa Bento XVI para combater a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo, além de ser usada para a inteligência financeira da Santa Sé.
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