(ANSA) - O papa Francisco recebeu nesta quarta-feira (10), no Vaticano, o patriarca da Igreja Copta-Ortodoxa do Egito, Twadros II, e saudou a "amizade crescente" entre as duas instituições e evocou os seus mártires.
Em uma audiência geral inédita na Praça São Pedro, Francisco implorou a "Deus, por intercessão dos santos e mártires da Igreja copta, a fim de que nos ajude a crescer na comunhão, em um único e santo vínculo de fé, de esperança e de amor cristão".
O Santo Padre recordou os 21 cristãos coptas que foram mortos por integrantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) em 15 de fevereiro de 2015, na Líbia, onde estavam a trabalho.
"Falando dos mártires da Igreja Copta, que são nossos, quero recordar os mártires da praia líbia que foram martirizados, há poucos anos", disse o argentino.
Na sequência, o líder da Igreja Católica recordou a boa relação com o líder copta, que esteve em Roma pela primeira vez em 2013, pouco depois de Francisco assumir o trono de Pedro. "Falamos ao telefone, continuamos bons irmãos, não brigamos".
O encontro do Papa e do Patriarca foi motivado pelo 50º aniversário da reunião entre o papa Paulo VI e o patriarca Shenouda III, o primeiro da história, realizado em 1973.
"Peço a todos os presentes que orem a Deus para abençoar a visita do papa Tawadros a Roma e ampare toda a Igreja ortodoxa copta. Possa esta visita aproximar-nos mais rapidamente do dia abençoado em que seremos um só em Cristo", enfatizou Francisco.
Tawadros, por sua vez, destacou o "amor fraterno" que tem marcado a relação entre as duas igrejas, além de recordar da visita de Jorge Bergoglio ao Egito, em 2017.
Segundo o líder copta, é necessário escolher "o amor, mesmo indo contra a corrente, em relação ao mundo ganancioso e egoísta". "Aceitamos o desafio do amor que Cristo nos pede", concluiu.
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