(ANSA) - A Procuradoria de Munique, na Alemanha, decidiu arquivar o processo contra o papa emérito Bento XVI, falecido em 31 de dezembro de 2022, por um possível acobertamento de abusos sexuais enquanto ele era arcebispo da diocese de Munique e Freising.
Segundo fontes judiciais citadas pela mídia alemã nesta terça-feira (21), todo o caso foi arquivado, incluindo outros religiosos citados, como o cardeal Friedrich Wetter e o ex-vigário-geral Gerhard Gruber.
O processo havia sido suspenso temporariamente pelo Tribunal Regional de Traunstein em 18 de janeiro deste ano após a corte acatar uma solicitação do escritório de advocacia que defendia Joseph Ratzinger. Com a morte do religioso, era preciso aguardar a designação de um sucessor legal para o pontífice emérito.
A denúncia foi apresentada por um homem vítima de abusos sexuais por parte do padre Peter Hullerman, transferido para a Arquidiocese comandada por Ratzinger em 1980, após ter sido acusado de violentar um menino de 11 anos. Hullerman só foi afastado e condenado, com pena suspensa, em 1986 e durante todo o período teria cometido outros atos de pedofilia.
Para a acusação, Ratzinger sabia do comportamento do religioso e não agiu para afastá-lo.
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