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Papa condena 'massacres' no leste do Congo e faz apelo por paz

Papa condena 'massacres' no leste do Congo e faz apelo por paz

Francisco se reuniu em Kinshasa com vítimas de conflitos

KINSHASA, 01 fevereiro 2023, 14:33

Redação ANSA

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Papa Francisco se reúne com vítimas da violência no Congo - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

(ANSA) - O papa Francisco se reuniu nesta terça-feira (1º) em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, com vítimas dos conflitos no leste do país, área tomada por milícias rebeldes.

"Condeno as violências armadas, os massacres, os estupros, a destruição e a ocupação de vilarejos e o saque de plantações e gados que continuam a ser perpetrados na República Democrática do Congo", declarou o líder católico em seu discurso.

Além disso, Jorge Bergoglio fez um "vibrante apelo" a todas as pessoas e instituições, "internas e externas", que são responsáveis pelos conflitos no país africano.

"Vocês enriquecem através da exploração ilegal dos bens deste país e do cruel sacrifício de vidas inocentes. Chega! Chega de enriquecer sobre a pele dos mais frágeis, chega de enriquecer com dinheiro sujo de sangue", declarou.

O Vaticano chegou a programar uma visita do Papa a Goma, principal cidade do leste do Congo, mas cancelou a etapa devido à violência na região.

O município fica na província de Kivu do Norte, há anos mergulhada em conflitos entre grupos rebeldes e o Exército congolês. Algumas dessas milícias são suspeitas de atuar a mando de países vizinhos ou de organizações criminosas internacionais para saquear as riquezas naturais congolesas.

"Meu coração está hoje no leste deste imenso país. As lágrimas de vocês são as minhas lágrimas, a dor de vocês é a minha dor", afirmou Francisco, que ainda lembrou do embaixador italiano Luca Attanasio, assassinado na região em fevereiro de 2021, ao lado do policial Vittorio Iacovacci e do motorista congolês Mustapha Milambo.

"Eles eram semeadores de esperança, e seu sacrifício não será em vão", salientou.

O Papa chegou na República Democrática do Congo, segundo maior país africano em extensão territorial, na última terça-feira (31) e, desde então, já fez dois discursos e uma homilia em defesa da paz e contra a exploração do continente.

Ele fica em Kinshasa até 3 de fevereiro, quando parte para o Sudão do Sul, outro país da África Subsaariana com histórico de conflitos. (ANSA)

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