O papa Francisco voltou a condenar a guerra na Ucrânia e disse que o conflito é um "sacrilégio" durante um encontro com membros da delegação do Congresso Mundial dos Judeus nesta terça-feira (22) no Vaticano.
"Hoje, em tantas regiões do mundo, a paz está ameaçada. Reconheçamos juntos que a guerra, cada guerra, é sempre uma derrota para toda a humanidade. Penso na da Ucrânia, uma guerra que é um sacrilégio que ameaça judeus e cristãos ao mesmo tempo, privando-os de seus entes queridos, das suas casas, dos seus bens, das suas próprias vidas", disse aos representantes.
Para Francisco, "apenas com a vontade séria de se aproximar uns dos outros e do diálogo fraterno será possível preparar o terreno da paz". "Como judeus e cristãos, busquemos fazer tudo que for humanamente possível para acabar com a guerra e abrir caminhos de paz", pontuou ainda.
O líder católico já se ofereceu para mediar conversas de paz entre Ucrânia e Rússia, mas até agora nada foi adiante. Além disso, Francisco pretende fazer uma viagem para Kiev para mostrar proximidade e chegou a pedir para ir para Moscou, que ignorou o pedido.
O pontífice tem criticado duramente o governo russo pela invasão e pede que os ucranianos aceitem negociações.
Ainda durante a sessão entre as duas religiões, foi apresentado um memorando que visa reafirmar as profundas ligações entre judeus e católicos. Desde a realização do Concílio Vaticano II (1962-1965), o Congresso Mundial dos Judeus esteve na linha de frente para melhorar as relações entre o judaísmo e o catolicismo.
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