O papa Francisco lembrou neste domingo (6) do "Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina", alertando que "há cerca de três milhões de meninas que sofrem esta intervenção todos os anos, muitas vezes em condições muito perigosas para a sua saúde".
"Esta prática, infelizmente espalhada por várias regiões do mundo, humilha a dignidade da mulher e atenta gravemente contra a sua dignidade física", disse o Pontífice, após a recitação do ângelus.
Jorge Bergoglio também atacou o tráfico de pessoas por ocasião do "Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Seres Humanos", que é celebrado anualmente no dia 8 de fevereiro. "Esta é uma ferida profunda, provocada pela procura vergonhosa de interesses, sem respeito algum pela dignidade humana", advertiu.
O argentino recordou, em particular, as jovens que se encontram nas ruas, que são "escravas dos traficantes", que as obrigam a prostituir-se e as maltratam se não conseguem dinheiro. "Hoje, isto acontece nas nossas cidades. Levemos isso a sério", apelou o líder da Igreja Católica.
"Diante dessas feridas da humanidade, expresso minha dor e exorto aqueles que têm a responsabilidade de agir de forma decisiva para impedir tanto a exploração quanto as práticas humilhantes, que afetam particularmente as mulheres e as meninas", prosseguiu.
Da janela do apartamento pontifício, Francisco pediu que cada vida seja sempre protegida", ao lembrar da Jornada pela Vida, que se celebra este domingo, na Itália.
"Este apelo vale para todos, especialmente para as pessoas mais frágeis: idosos, doentes, as crianças impedidas de nascer", disse Francisco, ressaltando a importância da promoção da cultura da vida, "como resposta à lógica do descarte e à quebra demográfica". (ANSA)
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