O papa Francisco voltou a falar sobre os casos de abusos sexuais cometidos por religiosos e por membros da Igreja Católica e pediu "justiça" para as vítimas. As afirmações ocorreram durante um encontro com embaixadores estrangeiros no Vaticano nesta segunda-feira (10).
"A Igreja Católica sempre reconheceu e valorizou o papel da educação para o crescimento espiritual, moral e social das gerações jovens. E, por isso, é ainda mais motivo de dor constatar como em diversos locais educacionais - paróquias e escolas - se consumaram abusos sobre menores com graves consequências psicológicas e espirituais sobre as pessoas que sofreram", afirmou Jorge Mario Bergoglio.
Para o Pontífice, "tratam-se de crimes sobre os quais deve haver firme vontade de esclarecimento, analisando cada caso, para acertar as responsabilidades, fazer justiça às vítimas e impedir que atos similares ocorram no futuro".
Francisco ainda destacou que, apesar da "gravidade desses casos, nenhuma sociedade pode jamais abdicar da responsabilidade de educar".
"Dói ainda constatar que, muitas vezes, nos orçamentos estatais, há poucos recursos destinados à educação. Isso é visto como um custo, enquanto se trata do melhor investimento possível", acrescentou.
Recentemente, a Igreja Católica foi alvo de grandes investigações sobre os abusos sexuais cometidos por laicos e por religiosos contra menores e também contra adultos na Alemanha, na França e no Chile.
Em dezembro, a mídia local da Espanha informou que o Vaticano também iniciou uma "investigação sem precedentes" contra 251 religiosos acusados de pedofilia e abusos sexuais contra laicos.
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