A União Europeia abriu oficialmente o debate de adesão da Albânia ao bloco comum. A primeira rodada de negociações, em Luxemburgo, teve como tema os pontos "fundamentais", que incluem cinco capítulos temáticos de negociação.
O anúncio foi feito pelo comissário europeu de Expansão, Oliver Várhelyi, elogiando o "marco importante" alcançado por Tirana no seu processo de integração europeia.
"Como a Albânia concluiu as reformas necessárias, somos capazes de iniciar o primeiro cluster, os 'fundamentais', que permitirá o prosseguimento dos demais", escreveu Várhelyi no X, ressaltando a "determinação" e o "empenho" albaneses.
Esta fase inclui capítulos dedicados ao poder judicial e aos direitos fundamentais, como justiça, liberdade e segurança, além de contas públicas, controle financeiro, funcionamento das instituições democráticas, reforma da administração pública, dentre outros.
"Um momento histórico", definiu o ministro das Relações Exteriores da Hungria, presidente de turno da UE, Péter Szijjártó, destacando que "a aceleração da expansão da UE à região dos Bálcãs Ocidentais" está "no topo da agenda da presidência húngara". "O tempo médio de espera dos países candidatos nos Bálcãs Ocidentais já ultrapassou 15 anos, o que é simplesmente inadequado", acrescentou.
Para o primeiro-ministro da Albânia, Edi Rama, este é um "marco histórico em um percurso partilhado à reunificação europeia".
"Infelizmente, foi com a ajuda de Vladimir Putin [presidente da Rússia] que este processo ganhou uma nova agilidade, depois da agressão contra a Ucrânia, servindo de alarme e lembrando à Europa que ser autossuficiente é uma ilusão", disse Rama.
Tirana obteve o estatuto de país candidato em junho de 2014, cinco anos após dar entrada no pedido.
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